PRF aponta alta de quase 2% nas mortes em rodovias federais do Paraná em 2025
Índice estava pior até junho, quando o crescimento ultrapassava 8%; dados ainda preocupam
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, até setembro de 2025, um aumento de 1,8% nas mortes em sinistros de trânsito nas rodovias federais que cortam o Paraná, em comparação com o mesmo período de 2024. Apesar de representar uma desaceleração em relação ao primeiro semestre — quando o índice de crescimento ultrapassava 8% —, os números ainda preocupam as autoridades de trânsito.
De janeiro a setembro deste ano, 453 pessoas perderam a vida nas estradas federais do Estado, contra 444 mortes registradas no mesmo período do ano passado. Em 2024, o total anual ultrapassou 600 vítimas fatais, consolidando uma sequência de aumentos desde 2018, quando foram registradas 494 mortes.
Tipos de acidentes e comportamento dos motoristas
Os principais tipos de sinistros que impulsionaram a alta no primeiro semestre — atropelamentos e colisões frontais — apresentaram leve redução no último trimestre, passando de mais de 50% para 47% das ocorrências fatais. Mesmo assim, esses tipos de acidentes foram responsáveis por 71 mortes até setembro.
No campo da fiscalização, houve queda de aproximadamente 37% nas infrações por ultrapassagem proibida. No entanto, o número de autuações por excesso de velocidade cresceu cerca de 38%. Entre janeiro e setembro, a PRF contabilizou 9.905 ultrapassagens irregulares e 391.076 motoristas multados por dirigir acima do limite permitido.
Ações e perspectivas
Segundo a PRF, a redução parcial observada no segundo semestre pode estar ligada à intensificação da fiscalização, às campanhas educativas — especialmente durante a Semana Nacional do Trânsito — e a melhorias na sinalização viária promovidas pelas concessionárias.
Apesar da tendência de estabilização, o órgão alerta para o risco de aumento dos sinistros no último trimestre do ano, período que concentra os feriados prolongados e as festas de fim de ano, tradicionalmente marcados pelo maior fluxo de veículos e ocorrência de acidentes graves.
A PRF reforça que a redução efetiva de mortes nas estradas depende do comportamento dos condutores, com destaque para o respeito aos limites de velocidade, a não combinação de álcool e direção e a realização de ultrapassagens seguras.
